Francisco de Assis,
o grande homem que se fez pequeno, em sua nobre humildade, para vivenciar o
amor a Jesus, afirmou, certa feita, que a gratidão é das mais difíceis moedas
de se ofertar na vida.
Por isso, o
pobrezinho de Assis preocupava-se sempre em ser grato a tudo e a todos.
Agradecia ao irmão
sol por aquecê-lo e proporcionar vida à Terra; ao irmão vento por acariciá-lo
nos dias de calor; à irmã lua por enfeitar as noites de céu claro; ao irmão
sofrimento, que lhe permitia reflexões e aprendizados sob o seu guante.
O exemplo de
Francisco de Assis nos remete a profundas reflexões, nesses dias em que
prepondera o egoísmo, com o que estamos vivendo, quando não agindo de
igual forma.
Na irrefreada busca
pelo sucesso, pela sobrevivência, pelos compromissos cotidianos, vivemos
fechados em concha, envoltos nas próprias dificuldades, problemas e desafios.
Nesse tumultuar de
compromissos, dificuldades, pouco paramos para perceber as coisas que a vida
nos oferece e, egoisticamente, esquecemos de agradecer.
Os amores dos
filhos que, aconchegados em nossos braços, parecem diluir as dores da alma,
quem no-los ofertou?
A possibilidade do
progresso profissional, os desafios de crescimento pessoal, as chances de
desenvolvimento intelectual, quem nos oportunizou?
O corpo, que nos é
instrumento de expressão, trabalho, convivência, emoções, quem no-lo deu?
Perguntemos a um
doente com enfisema pulmonar, qual seu maior sonho e ele, certamente,
responderá que seria poder respirar profunda e longamente.
E nós, mal nos damos
conta da bênção da saúde. Ou do corpo que, mesmo com alguma avaria ou
dificuldade, oferece oportunidades riquíssimas na vida.
Algumas vezes
lembramos de agradecer à vida e ao Senhor da vida pelas nossas conquistas e
alegrias.
Mas, por que não
agradecer também pelo mal que não nos acometeu, pelas dificuldades que não
ocorreram, pelas dores que não precisamos enfrentar?
E mesmo que os dias
difíceis nos cheguem à jornada terrestre, agradeçamos a dor, que lapida a
alma imperfeita, provocando o brotar de virtudes que ainda dormem latentes
em nossa intimidade.
Ser grato à vida é
virtude daqueles que conseguem sair do casulo do egoísmo e do autocentrismo, e
reconhecem que a vida padece sem a ajuda e apoio que chegam a toda hora.
Para pregar Seu
Evangelho de luz, Jesus escolheu doze homens para O auxiliar. E lhes foi grato,
acompanhando-lhes a existência e recebendo-os em Suas bênçãos, um a um, no
retorno à pátria espiritual.
Dessa forma, que
sejamos nós também, a cada dia que se inicia, gratos à vida, com a mente e com
o coração.
Assim, lembrando
sempre de que somos devedores da bondade e misericórdia Celestes, que nos
acompanham e sustentam-nos na caminhada, a gratidão será o sentimento que nos
inundará a alma de peregrina e suave luz.
Redação do Momento Espírita, com base em palestra de
Divaldo Pereira Franco, proferida na
Praia do Forte, BA, em 16.09.2011.
Em 16.05.2012.
Divaldo Pereira Franco, proferida na
Praia do Forte, BA, em 16.09.2011.
Em 16.05.2012.
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