Sem pasto, e quase sem água nos açudes, barreiros e poços, o rebanho
bovino do semiárido está sucumbindo. Em meio à caatinga, os animais estão
caindo e, sem forças para se reerguer, morrem. Nas regiões Central, Seridó e
Oeste vaqueiros e criadores têm um só lamento: "Dá pena ver os bichos
caídos e não poder fazer nada". Para muitos, falta a condição financeira
para bancar o custo da ração concentrada. Terminam disputando o gado com
urubus, que rondam fazendas e cercados.
O
agravamento da estiagem, no meses de abril e maio, deve produzir um resultado
devastador no meio rural. A estimativa da Federação da Agricultura do Rio
Grande do Norte (Faern) e da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio Grande
do Norte é de que 50% do rebanho seja dizimado. Dados da Secretaria Estadual de
Agricultura apontam para uma queda no Produto Interno Bruto entre R$ 2,5 a R$
3,5 bilhões. Hoje, 70% da população rural do Estado já foi atingida pela
seca.
Tribuna do
Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário