A partir deste ano, pela primeira vez, todos os participantes do Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio) poderão ter acesso às redações corrigidas. A
mudança, anunciada hoje (24) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
está prevista em um acordo firmado com o Ministério Público Federal no ano
passado.
O acordo será mantido. O
que nós estamos concluindo com o MPF é a operacionalização do acesso porque ele
tem que ser individualizado e ter absoluta segurança”, disse Mercadante. De
acordo com o ministro, a expectativa é que, com a disponibilização do espelho
da redação e com as mudanças anunciadas no processo de correção, acabe a
“judicialização” ocorrida no ano passado. Mas o edital do Enem não vai prever
que o estudante recorra da nota obtida. Em 2011, muitos candidatos entraram na
Justiça para ter acesso à prova e alguns conseguiram, inclusive, que a nota
fosse revista.
Para 2012, o Inep anunciou
mudanças nos critérios de correção para tornar o processo mais objetivo. A
redação do Enem valerá 1.000 pontos e cada texto será lido por dois corretores,
que atribuirão a nota de acordo com a avaliação de cinco competências, como o
domínio da norma culta, a capacidade de argumentação e a compreensão da
proposta da redação (tema). Cada item valerá 200 pontos.
VEJA O QUE MUDOU NA CORREÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM
Processo de correção
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Como era (em 2011)
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Como ficou (em 2012)
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Número de correções iniciais
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Duas
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Duas
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Discrepância na
nota total |
Igual ou maior que 300 na soma
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Maior que 200 na soma total
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Discrepância na competência
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Não existia
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Maior que 80 em qualquer competência
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3ª correção
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Supervisor (instância final)
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Correção independente
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4ª correção em banca
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Não existia
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Banca (instância final)
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Tribuna do
Norte
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