sábado, 7 de janeiro de 2012

Ampliação esbarra na falta de pessoal

Oito de janeiro de 2012. Amanhã, completa um ano e três meses que foi inaugurado o Hospital Estadual Ruy Pereira. Com 100 leitos, a unidade médica, construída para dar suporte a outros hospitais como o Walfredo Gurgel, está funcionando com pouco mais da metade de sua capacidade. Não faltam recursos financeiros para manter o atendimento. Por mês, o hospital gasta R$ 1 milhão e recebe R$ 1,5 milhão de repasses do Governo Federal. Apesar disso, há quatro meses o aluguel do prédio não é pago. O atendimento aos pacientes, segundo acompanhantes dos internados, é de boa qualidade.
A unidade tornou-se referência no atendimento de pacientes diabéticos. No local, há casos de pessoas que estão internadas há quase um ano. É o caso da mãe da dona-de-casa Edineide Rodrigues, 51 anos. Ela contou que, desde junho do ano passado, acompanha a mãe dela, uma senhora de 71 anos, no hospital. "Ela tem diabetes e foi preciso amputar um dedo do pé, por isso está internada há tanto tempo", disse. Edineide disse ainda que, antes do Ruy Pereira, sua mãe ficou internada no Walfredo Gurgel. Ela comparou o atendimento nos dois hospitais e disse que há uma enorme diferença. "Aqui no Ruy Pereira o atendimento é excelente. Não tem nem como comparar com o Walfredo", disse.
O Hospital Estadual Ruy Pereira foi inaugurado no dia 8 de outubro de 2010 pelo então governador Iberê Ferreira de Souza. A equipe do hospital conta com 350 funcionários que atendem aos casos de média e alta complexidade, além da realização de cirurgias vasculares. De acordo com o titular da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Domício Arruda, atualmente, 54 leitos, de um total de 100 (incluindo 4 leitos de UTI), estão ocupados com pacientes que fizeram cirurgias vasculares ou são diabéticos.
Domício Arruda explicou que a ampliação esbarra na falta de pessoal. "Temos dificuldades físicas, estruturais e da falta de pessoal". O secretário afirmou que o Governo do Estado vai contratar alguns técnicos de enfermagem para abrir mais 30 leitos. Quanto ao atraso no pagamento do aluguel [a dívida soma R$ 800 mil] ele disse que deve ser paga com recursos próprios do Estado. A verba do repasse federal não pode ser usada nesse pagamento.




Tribuna do Norte

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