domingo, 29 de janeiro de 2012

Nordeste ocupa primeiro lugar no pódio da carestia

Barueri - O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012, divulgado ontem, mostra que o almoço fora de casa custa em média R$ 29,35 no Nordeste do Brasil. O valor representa um aumento de 15,79% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava média de R$ 25,35. Os dados, apurados pelo Instituto Datafolha em parceria com a Alelo, administradora de cartões-benefício e cartões pré-pagos, apresentam a média nacional de R$ 27,46 - valor que representou aumento de 2,54% em relação ao preço médio nacional de R$ 26, 78, verificado pela edição anterior da pesquisa.

A pesquisa, em sua terceira edição, foi realizada com 4.312 estabelecimentos de cidades brasileiras no período entre 13 de setembro e 19 de outubro de 2011. Todos os estabelecimentos entrevistados são credenciados à rede Visa Vale e analisa a refeição no período do almoço, de segunda à sexta-feira. O levantamento avaliou o custo individual de prato principal, sobremesa, bebida e café expresso, compondo assim o valor total da refeição.

A região Nordeste, que antes era a terceira mais barata do país com média de R$ 25,35, tornou-se a mais cara com média de R$ 29,35 por refeição. O Sudeste está logo atrás, com a média de R$ 27,84, seguida de Norte/ Centro-Oeste, com R$ 26,35 e Sul, com R$ 24,84.

Além de ser a região mais cara do país, o Nordeste também lidera com a cidade de maior preço médio de refeição no Brasil - São Luís (MA), com média de refeição completa de R$ 36,21. No ano passado, a pesquisa apontou o Rio de Janeiro como cidade mais cara do país. A capital baiana, Salvador, aparece em segundo lugar entre as mais caras da região com R$ 29,96 de custo médio para almoçar fora de casa. A cidade de Natal (RN) vem em seguida, apresentando o valor de R$ 29,87. Em quarto lugar deste ranking está a capital de Pernambuco, Recife, onde almoçar fora de casa custa em média R$ 26,73. Fortaleza (CE) vem logo depois, com R$ 26,27.

O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 mostra que o almoço fora de casa custa, em média, R$ 27,46 no Brasil. O valor representa um aumento de 2,54% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava a média de R$ 26,78. Neste mesmo período (janeiro a outubro de 2011), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) específico dos alimentos e bebidas evolui 4,76% e o IPCA geral avançou 5,43%. Segundo dados da pesquisa, o aumento dos estabelecimentos de até 50 lugares - que passaram a representar 34% da amostra contra 18% do ano passado -, motivou a pequena variação do preço médio de refeição. Os restaurantes com 50 ou mais lugares (66% de amostra) tiveram um crescimento médio de 10% no valor da refeição completa.

Da média de R$ 27,46 apontada pela edição deste ano, somente o prato representa aproximadamente 60% do valor da refeição completa, com valor médio de R$16,35. A sobremesa, por sua vez, representa R$ 5,38, enquanto a bebida participa com R$ 3,15 e o café com R$ 2,58. O aumento mais expressivo do cafezinho: 10,26%.

Aumentos começaram há dois anos

De acordo com os resultados das pesquisas anteriores, é possível afirmar que a refeição fora de casa "pesou" mais no bolso do brasileiro no período de 24 meses, entre outubro de 2009 até outubro de 2011. O valor da refeição completa (prato, bebida, sobremesa e café expresso) aumentou 20,92% neste período, passando de R$ 22,71 em 2009 para R$ 27,46 em 2011, segundo a pesquisa feita por Alelo e Datafolha.

Atribui-se ao salto a alta de 16,49% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) específico dos alimentos e bebidas, ocorridas entre 2009 e 2011, enquanto o IPCA geral avançou 12,84%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"A Alelo desenvolve anualmente esta pesquisa em parceria com o Instituto Datafolha com o objetivo de auxiliar as empresas a desenharem uma proposta de benefício em sintonia com os custos médios da região onde estão inseridas. Esse material, inclusive, é muito útil para os pequenos empreendedores, que se apóiam em informações de mercado para oferecer mais vantagens às suas equipes. Isso significa retenção e melhoria na qualidade de vida e produtividade destes funcionários", explica Ronaldo Varela, diretor executivo Comercial, Marketing, Produtos e Novos Negócios da Alelo.



Tribuna do Norte

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