A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, comemorou mais de uma vitória na madrugada de hoje (24). Ela conquistou mais da metade dos eleitores que foram às urnas nas eleições desse domingo (23), garantindo um segundo mandato de quatro anos, e obteve ainda grande vantagem em relação ao segundo colocado - o socialista Hermes Binner.
Primeira mulher eleita e agora reeleita presidenta da Argentina, Cristina Kirchner bateu outro recorde: recebeu mais votos numa eleição que todos os presidentes eleitos nos 28 anos de democracia no país. Ela iniciará seu segundo mandato no próximo dia 10 de dezembro quase sem oposição.
A eleição foi uma das mais tranquilas da história argentina - sem incidentes, nem denúncias de fraude ou de roubo de urnas. A grande maioria (79%) dos 29 milhões de eleitores argentinos votou ontem para eleger presidente, vice-presidente, metade da Câmara dos Deputados, um terço do Senado e governadores.
Até as 6h (horário de Brasília) de hoje, 98% dos votos tinham sido apurados. Cristina Kirchner e seu candidato a vice - o ministro da Economia, Amado Boudou - tinham conquistado 53,8%. A surpresa ficou por conta de Binner que, em dois meses, pulou do quarto para o segundo lugar. De acordo com os resultados preliminares, ele terá 17% dos votos.
A votação terminou às 19h (horário de Brasília) e três horas depois, Cristina Kirchner fez seu discurso como presidenta reeleita, no comitê de campanha. Em tom conciliador, ela convocou todos a trabalharem juntos pelo país - mesmo aqueles que não votaram nela. "Sozinha, não se pode tudo. Precisamos da colaboração de todos", disse. A presidenta reeleita agradeceu os aliados, a oposição e os presidentes da América do Sul que telefonaram para dar os parabéns. O primeiro nome que mencionou foi o da presidenta Dilma Rousseff. "Quero agradecer o telefonema solidário, amigo, fraternal, regional de Dilma Rousseff - a companheira Dilma", disse. A surpresa do dia foi a decisão de Cristina de ir até a Praça de Maio para festejar com o povo. Ela cantou e dançou em um palco, junto com seus filhos e o vice.presidente. Uma das primeiras tarefas da presidenta será escolher um novo ministro da Economia para substituir Boudou. ASA
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